quinta-feira, 9 de abril de 2009

Japão convocará conselho da ONU se Pyongyang lançar foguete




O Japão convocará uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir uma possível resposta caso a Coréia do Norte lance um foguete de longo alcance nos próximos dias, disse o representante japonês na entidade nesta quinta-feira.
O embaixador Yukio Takasu, falando após um encontro a portas fechadas sobre outros temas, disse ter levado o assunto ao conselho. Ele afirmou que uma sessão de emergência sobre a Coréia do Norte pode ser marcada para este final de semana, caso o foguete seja lançado.
Pyongyang afirma que colocará um satélite em órbita entre sábado e quarta-feira, mas os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão dizem que o lançamento é um teste disfarçado de um míssil de longo alcance Taepodong-2, que é projetado para carregar uma ogiva até o território norte-americano.
Takasu disse a jornalistas que intensos esforços diplomáticos estão em andamento para convencer o governo norte-coreano a não lançar o foguete, que segundo ele representa "uma ameaça à segurança do Japão" e aumentaria as tensões regionais e internacionais.
"Se esse esforço não tiver um resultado positivo, o Japão vai solicitar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para discutir essa questão e discutir uma resposta", disse ele. "Devemos ser claros e firmes. Isso pode acontecer no próximo fim de semana."
Takasu não deu detalhes sobre qual resposta seu país gostaria que o Conselho de Segurança adotasse contra a Coreia do Norte.
Diplomatas do Conselho afirmam que tanto Rússia como China, que são membros-permanentes com direito a veto, não apoiariam uma resolução impondo novas sanções contra Pyongyang.
Uma autoridade de Defesa dos EUA disse à Reuters, nesta quinta-feira, que os preparativos norte-coreanos para o foguete, que estão sendo acompanhados de perto pelos EUA, indicam que o lançamento pode acontecer no sábado.
"Eles estão fazendo tudo de forma consistente com o lançamento de um veículo espacial no dia 4 de abril", disse a autoridade, que falou sob condição de anonimato.
02 de abril de 2009 • 14h46 • atualizado às 15h00
Fonte: Reuters

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